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Septiembre 2.020 nº 35
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Estos conservan el copyright de sus obras
AL SERVICIO DE LA PAZ Y LA CULTURA HISPANO LUSA
COLABORAN:- Virginia Branco – João Coelho dos Santos.- Eugénio de Sá- Alfredo dos Santos Mendes.-Santa Catarina Fernandes da Silva Costa.- josé Ernesto Ferraresco.- Celso Henriques Fermino.-Yvany Gurgel do Amaral-Tito Olivo Henriques.- Irán Lobato de Andrade- Amilton Manciel Monteiro.-Mário Matta e Silva.-Sávio Roberto Moreira Gomes.-Daniela Storti.-
DEVANEIOS
Virgínia Branco
O que ganha o coração em devaneios
quando desfolha as pétalas das flores;
Fica a rosa pairando em seus anseios
E o cravo petulante em seus ardores!
Importa ver do alto a magnitude,
se do amor é sinfonia ou lamentos.
Nos bailes da sedução tudo é virtude;
Jogam-se flechas, tácticas e dardos lentos.
Há partos de harmonia e de bonança,
doçuras que nos fazem sentir criança.
Oferecem-se primaveras e fragâncias.
Ser mais feliz; Por isso todos lutamos.
Mas por vezes, mesmo a rir nos enganamos
ou choramos, conforme as consequências.
AS PALAVRAS
Virginia Branco
As palavras com que faço estes versos
vão passando pelo escopro do escultor.
Se me vagueio em recreios e regressos,
são elas que definem alegria e dor.
Quem escreve tem escola de pensamento,
nos azares e na esperança do porvir.
Mas são os nossos verdadeiros sentimentos,
a luz das palavras que nos fazem reflectir.
As graves tecem violências, são loucas.
Mas as mais sublimes são belas e poucas,
nas nuances dos poemas que construímos.
Viajo em vós palavras atempadas,
que podem salvar almas desesperadas.
É da prata o brilho de que vos intuímos!
UM QUASE NADA
João Coelho dos Santos
Como um quase nada
Que nem buliu com a Ordem cósmica
Deixou a Humanidade profundamente abalada
Com tantas neblinas e sombras
No coração e no pensamento.
No meio de tantas discrepâncias
Carências e matizes ideológicos,
A sociedade em pânico catastrófico
Serve-se de questiúnculas metafísicas,
Para combater a inércia e a solidão.
Não obstante, conserva
Marca indelével de prudente otimismo
Pois sabe que ninguém é infalível
E que esta calamidade irredimível
Que tantas agruras tem causado
Um dia será vencida
E a vida será normalmente vivida.
O FEROZ RUIDO DO SILÊNCIO
João Coelho dos Santos
É feroz o ruído do silêncio
Onde nem a saudade encontra abrigo.
Exotérico é este Mundo em que vivemos,
E nos sentimos personagens perdidos.
Tanto dói a alma de quem
No desespero medita, ao deixar
Quem não queria deixar.
Onde param os rituais de sedução,
E os abraços de imensa ternura?
Mesmo palavras e carícias fugiram.
Não sei se se perderam
Ou se também estão escondidas.
Mesmo que não esmaeçam os sentimentos,
Nem sempre é solitária a solidão,
Nem todos os segredos
São mistério.
A GRANDE AMEAÇA
Eugénio de Sá
Neste ruir de vida o homem chora
Meio perplexo, crendo estar sonhando
Vendo cada castelo desmoronando
Construções que não contam mais agora.
A pandemia avança, inexorável
Por todas as partidas deste mundo
E o silêncio impera mais profundo
Cada dia mais triste e deplorável.
E os que o dinheiro querem defender
Esquecem-se de buscar algum perdão
Porque mais sentem o que lhes faz doer.
Enquanto os povos tremem d’aflição
Sem atinar sequer c’o que fazer
Ao ver cair cada ser, cada irmão.
SOBRESALTO
Eugenio de Sá
Portugal
A pandemia que assola o planeta
E a guardiã da fouce capital
São aliadas nesta brutal vendeta
Que a todos ameaça, e que é letal.
Muito se diz acerca da origem
Deste vírus que veio do oriente
De lá se difundiu numa voragem
Que sobressalta e mata muita gente.
E que os povos não tenham ilusões
Pois a vida não volta ao que era dantes
Passadas todas estas aflições.
Ninguém se entende quanto a previsões
Nem os cientistas nem os governantes,
Desorientados, sem ter soluções.
COVID-19
Alfredo dos Santos Mendes
Hoje me debrucei sobre a janela,
Tentei rever o tempo já passado.
Vos juro que fiquei tão assustado,
Que logo me afastei e fugi dela!
O mundo é para o povo uma querela,
Trazendo o ser humano conturbado.
Falta democracia em todo o lado,
Vive-se derrotado dentro dela!
E o ar que se respira não é mais,
Que um conjunto de vírus tão letais,
Que deixam muitas vidas a sofrer!
O Covid se aloja nos pulmões.
O organismo entra em convulsões,
E o vírus não os deixa mais viver!
COVID 19
Santa Catarina Fernandes da Silva Costa
Eis que temos um soberano no universo,
vem rodando no vento,
que sopra sem rumo certo.
Espalha nos quatro cantos da terra
a dor, o gemido, o lamento.
Não respeita fronteiras,
desconhece qualquer sentimento.
Perante ele, todos ser curvam.
Preces são murmuradas em lábios trêmulos,
enquanto as pernas que se juntam tremendo.
O rico e o pobre se misturam
num medo que abraça a humanidade.
Quando esse rei bate à porta,
não há clemência! – Desconhece a piedade.
E lá se vai um ser amado; seu sopro foi roubado.
A família chora, fica ao longe, com coração rasgado,
lágrimas derramadas em rosto de dor cortado.
Nunca conhecemos um rei tão poderoso,
Uma coroa tão pesada, que carrega desgraça
em suas garras.
Estamos todos à espera da sua chegada,
torcendo para que não encontre os trilhos da nossa morada!
Salvai-nos, Pai Eterno, desse rei dragão gigante,
que deixou o mundo em estado de choque, alucinante!
Covid19
José Ernesto Ferraresso
Animal assassino irreconhecível,
Terrível, triste e destruidor.
Chegou com uma peste horrível,
Bicho oculto e malfeitor.
Peste arrasadora do mundo e de nossa gente,
Temeroso e bicho inconsequente.
Jamais conseguiremos exterminar,
Nem sabemos quando isso irá terminar.
Deus é Pai e nosso Criador,
Esperamos que termine essa maldade
Piedade! Piedade!
Deste povo que sofre , Meu Senhor!
Cuida deste mundo nosso Criador,
Deste povo sofrido nas perdas, meu Salvador.
Traz a paz e a Igualdade e mostra o Amor,
Peça importante que muitos não dão valor.
Falhas Vivenciais
José Ernesto Ferraresso
Serra Negra –Brasil
Tenho consciência que nem
sempre será fácil despertar
para mais um dia.
Mas vamos encarar a realidade de frente.
E para isso acontecer eu preciso manter
A minha sina: Fé, Esperança e a Paz
à procura da Vitória!
Só assim irei superar as dificuldades naturais
no amanhã e do agora e ter o discernimento total.
Sim, porque às vezes, temos de ser
fortes e arrumar um jeito para descobrir
a estrada de volta para a Felicidade, a Paz
e o nosso bem-estar.
Claro que com Deus no comando tudo
é diferente; Ele é nosso melhor leme.
É a Ele que me agarro quando algo de
errado acontece na minha vida.
E é sempre Ele que me dá a mão e
indica o melhor caminho.
Na verdade, ele só indica, porque depois
precisamos de trilhar até à meta final da
Paz e do Amor.
REX CORONA
Celso Henrique Fermino
Sol dormindo… vento no litoral…
Surge um rei com sua coroa insana!
Não mais distinguimos o bom do mau
Castelo de ouro. Um trono. Uma cama.
O riso usurpado o carnaval
O beijo no rosto de quem se ama
Indefesos ante o novo normal
e a profecia que agora reclama:
A peste caminha na escuridão
e a mortandade assola ao meio-dia
Grilhões encerram a democracia
dos mil, dez mil que ainda cairão
ao teu lado. Aconteça o que aconteça
sem tirar a Coroa da cabeça
MEDOS ATÁVICOS
Yvany Gurgel do Amaral
Tenho muito medo do escuro e de uma arma na mão
Medo da penumbra da madrugada que sempre vem
Antes do nascer do sol que a tudo ilumina e faz bem
Tenho medo que ele se apague e reste a escuridão.
Tenho medo que não exista Deus e como consequência
Jamais possamos saber o que é o Bem e o que seja Justiça
Porque somente a existência de um ser Eterno e Perfeito
Possibilitará uma vida igualitária e um Estado de Direito.
Medo das intempéries da natureza do relâmpago e trovão
Tenho medo que um terremoto ocorra e jogue tudo no chão
Medo de um maremoto com as ondas inundando as praias
Pavor que algum dia me queimem as lavas de um vulcão.
Tenho medo que as crianças passem fome, sem educação
As mulheres sofram as consequência do pecado de Adão
Pois para os Doutores da Lei elas sempre serão culpadas
Por sua beleza e sedução, claro, deverão ser condenadas.
Tenho muito medo, amor, que por força do infalível destino
Algum dia, (que Deus não o permita) eu venha a te perder
Por isso eu renuncio a todos estes meus medos atávicos
Porque isto nunca, jamais, poderá de verdade acontecer.
O VÍRUS CHINÊS
Tito Olívio Henriques
Agora, meu castelo é minha cela,
Passando este lar a ser convento
E a rua até perdeu seu movimento.
Estou preso, sem grades, na janela.
Se vivo aqui fechado, leio e escrevo
E assim parece o dia ser normal.
O medo desse ínfimo animal
Mantém-me aqui. Sair já não me atrevo.
O vírus retrancou o povo em casa
E a chata da TV dá, todo o dia,
Notícias da doença, que arrepia,
Também ler o jornal custa e me arrasa.
Não gosto é de estar só e sem carinhos,
Perdido em solidão e sem poder
Ter doce companhia de mulher.
O pior é ninguém me dar beijinhos.
Fomos sim, afetados por essa desgastante passagem…Uma montanha de versos está ali, registrando sentimentos, falando da dor,
das perdas, e dessa grande vontade de superar, de sair das tristes lembranças, das grandes dúvidas… e recomeçar! Que sejam os
Poemas também um registro para os que virão depois de nós…Versos de alerta, de dor e de amor à Terra!
Fomos , afetados por essa dor… Os versos está ali, registrando sentimentos,
falando da dor,das perdas, e dessa grande vontade de superar, e sair das tristes lembranças,
e da tristeza… para recomeçar! Que sejam os Poemas também um registro para os que virão
depois de nós… Versos que mostram mais um acontecimento triste em nosso Planeta!
Obrigado amigos Eúgénio e Eunate pelo carinho e atenção por ter incluído
minha poesia nesta edição ainda em tempo , pois este animal asqueroso
nos importuna sempre e não nos deixa em Paz. Mas sabemos que todos os
amigos que discorreram seus pontos de vista demonstraram as várias
transformações que ocorreram em nosso Planeta e as preocupações que nos
tiraram nosso sossego. Mas se Deus assim permitir estamos no final desta pandemia,
saindo dessas desavenças e ocorrência tristes que estamos passando.
Por gentileza pode completar o nome dos dois amigos Eugènio de Sá e Drª Eunate Goikoetexea
Parabenizo os poetas que com belos versos, amenizaram a dor do isolamento social imposta ao povo no Mundo.
Situações terríveis estamos vivendo e mãos atadas.
Que possamos sair dessa da melhor maneira possível. Alta astral percebi nos poemas uma leve sutileza e bom augúrios.
A revista está maravilhosa. !!!! Parabéns a todos os poetas participantes
Parabéns Eugênio de SÁ Parabéns Dra. Eunate Goikoetexea.
Eugénio de Sá e Drª Eunate Goikoetxea :
Agradeço o carinho pela minha pessoa por ter atendido o meu pedido , pelo desaparecimento de meu nome, junto dos amigos que escreveram as poesias.
Abraços mas no trabalho referente ao pedido de do mês de Setembro não aparece para os amigos que eu envio sempre . Não sei o porquê deste lapso. mas entendo que houve um erro de gráfica então acredito que tenho de enviar o link enviado pelo amigo Eugênio de novo?