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Diciembre 2020 nº 38
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Estos conservan el copyright de sus obras
AL SERVICIO DE LA PAZ Y LA CULTURA HISPANO LUSA
COLABORAN: Virginia Branco.-Luiz de Barros ( Luiz Poeta).-Eugenio de Sa..Daguima Verónica de Oliverira .-Alfredo dos Santos Mendes .Santa Catarina Fernandes da Silva Costa –José Ernesto Ferraresso .-Josuela Ferreira .-Ary Franco .-Iran Lobato (Portugal).-Amilton Maciel Monteiro .- Mário Matta e Silva .-Albertino Galvão.-Sávio Roberto Moreira Gomes .- Gabriela País.-Cema Raicer .-Daniela Storti
CARTÃO DE BOAS FESTAS
Virgínia Branco
Flocos espalhados pelo vento.
O chão, é já um branco manto
de neve pura.
No céu cinzento
cintilam estrelas de candura.
No embaciado das vidraças
inventam-se dos anjos, hinos
e brancas asas
desenhadas por
uns deditos finos.
A apoiá-los adivinha-se
a ternura dos avós.
Repleto de brinquedos
surge o trenó
puxado pelas renas
e pelo Pai de todos os Natais
vestido de vermelho,
olhando as portas
de cujas frestas
saem raios de luz.
Lá longe uma estrela brilha mais,
uma Virgem fará vigília.
Eis que nasceu Jesus!
Em letras douradas
da minha fantasia
lê-se Boas Festas
para toda a família.
NATAL….NATAL!
Virginia Branco
Natal, Natal !
Não podes ser só fitas e laços,
queremos Natal com outros traços.
Jovens que tendes o mundo na mão,
digam não à violência !
Concebam dentro de vós
o sabor da tolerância.
Haja partos de perdão.
Alinhemos na luta dos sós.
Precisamos ouvir
o carpir de quem sofre.
Das aves o canto,
do canto a estrofe.
Ouçamos o murmúrio das ondas,
onde toda a vida flutua.
Se o vento regela , quando aflora
a noite que é nossa, que é tua…
após a noite é aurora
e com ela nasce o dia !
Além dos ódios a esperança.
Além da intriga a via
do NATAL sem dor,
no consumo do Amor!
MINHA ÚLTIMA ALDEIA
Luiz de Barros ( Luiz Poeta)
Brasil
A minha última aldeia
– há muito tempo –
perdeu-se do último rio de águas cristalinas
que banhavam algumas páginas da minha história.
Ela se foi naquele último barco
– de papel –
que seu último menino fez navegar
na mansidão das suas últimas águas mais serenas
…e mais transparentes.
Nem as pedras esbranquiçadas pelo anil das lavadeiras
reflete-se sob o sol dos tantos verões da minha indelével última aldeia
ou sobre a mansa maciez derradeira da sua tênue e solene correnteza
buscando
– sem pressa –
a solidão do mar.
O último vôo do último passarinho
pousado o último sonho do último avô da minha última aldeia
esvaziou-se de canto
…e encanto
Hoje, o barulho dos caminhões carregando o progresso
riscam o asfalto que cruza o leito do rio
…seco
Hoje, a velocidade atropelou o último estertor poético
da minha última…
aldeia.
QUE O POEMA SE ACABE !
Eugénio de Sá
Portugal
Sou poema, sou prosa, mas sem vida
Em chãos lavrados plo pranto dos meus olhos
Prouvera não houvesse uma partida
Nem a queda Outonal com seus desfolhos.
Folhas precoces de árvore que murchou
Lágrimas de uma espera triste e branda
Mas a poesia não banha o que secou
Não apaga a saudade e nem a abranda.
Fome palpável que o tempo mitiga
– Dizem alguns profetas enganosos –
Mas se a sofremos só a nós castiga.
Ledos momentos foram-se, chorosos
Outros ficaram, se a mágoa os instiga
A povoar-me os sonhos tormentosos
Á AVENTURA DAS MARÉS
Eugénio de Sá
Portugal
Difícil descrever toda a beleza
Da escuna navegando a todo pano
A vela grande, a genoa, e a grandeza
De um enfunado estai sobre um mar plano
Do cedro das cavernas da estrutura
Aos brilhos dos carvalhos do convés
É glorioso o seu estilo, e a bravura
De um casco à aventura das marés.
Se eu hoje navegasse em mar aberto
Em vez de caminhar ingloriamente
Por esta terra onde me acoberto,
Escolheria uma escuna, certamente
E procurava um rumo com o acerto
Dos que buscam um céu que os oriente.
DE UNA NOITE FRIA
Daguima Verónica de Oliverira
Brasil
De uma noite fria
As nuvens escuras
Gerava uma tempestade
Uma dor sentia
Implodia sóbrios pensamentos
Me afligindo meu coração
A deixar uma tristeza
Vendo umas linhas
Escritas com suavidades
Reanimei com as dedicações
Onde via muita sinceridade
Nela emanava uma felicidade
Ingerindo uma grande alegría
Como sub escrevo
Aos poucos aliviando
Dores do coração
E a tristeza cedendo
O seu lugar, uma grande paz
Linda emoção
Impecável alegria
Via a chuva de meu quarto
Entre os vidros da janela
Iluminava uns clarões nos céus
Relâmpagos que barulhava um som
Aos poucos o dia amanheceu com um lindo sol
INGENUIDADE
Alfredo dos Santos Mendes
Portugal
Peguei na minha caixa de aguarelas.
Fui passando o pincel em todas elas,
p´ra conseguir um tom anil, sagaz…
Na minha inconsciência de criança,
tentava conseguir a cor da esp’rança,
para pintar meu mundo envolto em paz!
Com a cor do amor pintei a guerra.
Com a cor da amizade toda a Terra,
usando a cor fraterna como fundo.
À cor negra do ódio emulsionei:
Toda a cor da bondade que encontrei,
E revesti de auréola todo o Mundo
As cores da arrogância retirei.
Os laivos de inveja não deixei.
Apenas cores suaves fui criando.
Com a paleta cheia de ilusões…
Com pigmentos repletos de emoções..
Um novo ser humano fui pintando!
Com um traço pintei felicidade.
Pintei de cor alegre a igualdade…
Surgiu uma estranha criatura.
Fui retocando aqui, ali, além.
E por mais que eu quisesse pintar bem…
Tudo ficava frouxo, sem textura.
Fiz sem querer, a Torre de Babel!
Aquelas cores confusas no papel,
transformaram meu dia em noite escura!
Senti a cor da ira no meu peito.
Olhei as cores confusas, sem preceito.
Rasguei em pedacinhos a pintura!
MAGIA DO NATAL
Alfredo dos Santos Mendes
Portugal
É chegado Dezembro, e por magia…
Sentimos a presença do Natal!
Tudo se torna belo, especial,
há cânticos de amor, há fantasia!
É o mês das oferendas, da alegria.
Dos beijos, do abraço fraternal.
Do falso moralismo mundial;
Com discursos de amor por este dia!
E todas as cidades ganham cor.
Despertam, ganham vida, luz, calor,
e o ser humano esquece o que está mal
Por momentos se sente mais feliz.
E se comporta tal como um petiz…
E vive da MAGIA DO NATAL!
Mais uma vez o ano de 2020 termina e fizemos um trabalho
digno com a ajuda de pessoas dignas de aplausos
que não mediram esforços para continuar o trabalho literário
e poético dos que fazem parte do «Aristos Internacional» com o
auxílio e préstimos de duas pessoas que ajudam como coordenadores
e colaboradores assíduos em todos os meses. São eles:
Presidente-Editora: Dra Eunate Goikoetxea ( España )
Coordenador Editorial: Periodista -Poeta Eugènio de Sá ( Portugal)
Também quero agradecer a toda equipe que auxiliou o ano todo
no trabalho .
Parabéns e aplausos!
Feliz Natal a todos da equipe .